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PARA ONDE VAI O CAPITAL?

(artigo escrito por Roberto V V Moura)

Diante da enorme volatilidade vista nessa ultima semana no mercado de capitais temos algumas lições para aprender. Era sexta feira dia 01.06.2018 por volta de 12 horas quando a Petrobrás comunica ao mercado a saída de Pedro Parente. Os papeis estavam sendo cotados a R$19,62 após o anuncio, e em menos de 5 minutos os papeis da empresa já eram precificados a R$16,00, uma queda de 18%.

Assim iniciamos o mês junho

O cenário base e pano de fundo sempre são os nossos grandes faróis de Alexandria. Como bolsa americana, juros americanos e situação das economias mundiais ou algum grande evento ocorrido, que basicamente norteia nossas decisões. Todos estavam em patamares agradáveis.

Já estamos operando Eleições

Digo, com uma das menores volatilidades já vista em suas economias. Custou caro para o investidor brasileiro entender que já estamos operando Eleições. O fluxo de capital externo que entrou de dezembro a abril, poderia evaporar em semanas. Os grandes fundos e assets locais até poderiam ter desenhado esse cenário desfavorável porem com a queda da Selic para 6,5% o dinheiro foi para a mão do gestor!

O gestor estava esperando essa queda para poder alocar, ou seja, tínhamos suporte do nosso investidor local que não iria jogar a toalha, pois suas rentabilidades acumuladas nesses últimos 2 anos e mais dinheiro em caixa parecia utópico. Dizer que bolsa de 86.000 pontos poderia vir a 70.000 pontos e que o dólar poderia superar a barreira de 3,500.

Portfólio de fundos

Agora estamos todos com nossos portfólios de fundos com:

  • fundos multi-mercados,
  • fundos macros,
  • fundo de bolsa.

Pois no Brasil se investe olhando o retrovisor, o investidor brasileiro é modinha.

Ele resgatou fundos atrelados ao exterior para aplicar em cenário local e agora fatalmente esta pedindo resgate de fundos aplicados no Brasil. Agora, para onde esse recurso vai?

CDB prefixado

CDB prefixado 13% ou 14% ao ano que já encontra essa taxa para contratar em diversos bancos no mercado. Mais uma vez os gestores de fundos vão ter que se adequar a essa realidade, pois competir com CDB pré de 14% a.a não é fácil.

Então, fatalmente eles vão ter que desmontar suas posições a esse preço de mercado. Por hora o mercado de ações vai continuar pressionado, e será da mão para a boca.

Autor:

Roberto V V Moura, assessor de investimentos na Performance Invest.